quarta-feira, 10 de abril de 2013

Acampamento do sexo

Achei, li, gostei e postei
o Artigo original veio da revista Glamour: http://revistaglamour.globo.com



Já ouviu falar de sex camp? A mania americana acaba de chegar ao Brasil e nossa repórter sexualmente bem-resolvida passou o dia num deles para nos contar como é... E você toparia?  


Enquanto a maioria dos mortais passeava de bicicleta e curtia a praia, eu e mais nove mulheres estávamos em Joanópolis, cidade a 120 km de São Paulo, fazendo incensamento da vagina, banho coletivo de argila, massagens eróticas e pompoarismo em variadas versões no workshop Íntimo e Pessoal, ministrado pela paulista Dúnia la Luna, dançarina do ventre e professora de sexualidade feminina há dez anos. A seguir, tudo o que vivenciei por lá.


Lição #1: iniciando os trabalhos
O primeiro mandamento para embarcar nessa jornada é ter a cabeça aberta. Para despertar nossos sentidos, tínhamos de dar goles numa bebida (de olhos fechados) e adivinhar com o que ela tinha sido temperada.

Lição #2: a pergunta
Que não quer calar em um círculo ao redor de cartas – três diferentes tipos de tarô –, tínhamos de dizer porque estávamos ali e tirar uma carta que sugeria como deveríamos tratar ansiedades e medos futuros. Uma das colegas se debulhou em lágrimas ao contar que, depois de ir a uma casa de swing com o namorado, nunca mais conseguiu ter prazer com ele.

Lição #3: a sensualidade
Na história emoções contidas, a “sacerdotisa do amor”, como Dúnia se denomina, inicia uma breve aula de história feminina. Ela conta que “em rituais da antiguidade era comum mulheres levantarem as saias e exporem as vaginas para acalmarem tempestades violentas”. Interessante, mas eu só conseguia pensar no que viria a seguir. 

Lição #4: pompoarismo, a missão
Caminhamos em silêncio em direção à cachoeira. Sentadas em círculo no gramado à beira do rio, começamos uma introdução ao pompoarismo: exercício que consistia em bombear a energia da terra para todo o corpo com rápidos movimentos de contração da vagina. Difícil foi me concentrar nas contrações e, ao mesmo tempo, mentalizar cores preenchendo meu corpo. Inspira, contrai, expira, faz força com o assoalho pélvico.

Lição #5: todo mundo nu
Na sequência, passamos para o ritual de beleza. Fomos convidadas por Dúnia a tirar o biquíni e passar argila por todo o corpo. Lavamos umas às outras na cachoeira gelada, entoando músicas de religiões afrobrasileiras, em clima de cumplicidade e comunhão com a natureza. “Observe o corpo alheio, aceite-o e, através dele, aceite o seu próprio”, dizia nossa guru. 


Lição #6: o incensamento da vagina
Oi? Isso mesmo. De cócoras e com uma vasilha entre as pernas, senti o calor de ervas e flores queimadas eliminando fungos e bactérias. Um dos objetivos do exercício é “acordar” todas as terminações nervosas com o choque térmico da cachoeira gelada e da quentura das brasas. 

Lição #7: pompoarismo parte II 
De volta à sede, recomeçamos os exercícios de pompoar, mas dessa vez introduzimos
instrumentos como bolinhas e pesos no bombeamento e contração da vagina. Deitada de barriga para cima, sentada sobre a bolinha e de quatro, fiquei excitada rapidamente.

Lição #8: toque onde você quer ser tocada 
Ao som de músicas suaves comecei a me tocar e a explorar intensidades. Depois, de olhos vendados começamos a tocar umas às outras. A ordem de Dúnia: “Coloque as mãos da colega onde você gostaria de ser tocada”. Não tinha percebido, mas se passaram dez horas desde o começo do workshop; Totalmente leve e ainda mais à vontade com minha sexualidade, era hora de pegar a estrada e voltar para casa.

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